O que a tecnologia tem a ver com a economia circular

A economia circular não é só uma tendência, um conceito que virou moda ou um apelo pela sustentabilidade. Com a urgência das pautas sobre ESG (governança ambiental, social e corporativa) e sobre o futuro do planeta, a economia circular ganha destaque e se atualiza a partir da relação com as novas tecnologias, cada vez mais essenciais para a implementação de processos mais sustentáveis e eficientes. Práticas como a reciclagem de materiais e a logística reversa são consideradas os primeiros passos para que as empresas explorem todo o potencial da economia circular. No post de hoje você vai conhecer um pouco mais sobre este assunto e entender o que a tecnologia tem a ver com a economia circular.

Economia circular X economia linear

Na economia linear (nosso atual modelo econômico) os recursos naturais são extraídos como insumos para a criação de produtos, sendo utilizados até seu descarte final, como resíduos.

Em contrapartida, a economia circular pressupõe a adoção de práticas sustentáveis na estrutura das empresas – como reciclagem, instituição de políticas de resíduos sólidos e logística reversa, remanufatura, reutilização e compartilhamento de bens –, aliadas a uma verdadeira mudança de valores e comportamentos.

Ou seja, na economia circular ocorre uma aproximação entre a produção e os ciclos dos ecossistemas, de modo que cada produto e serviço possui origem natural e, ao final de sua vida útil, retorna mais uma vez à natureza.

Um novo perfil de consumidor

O número de pessoas que separa o lixo para a reciclagem cresceu de 47%, em 2013, para 55% em 2020. Isso mostra que existe um grande potencial para empresas e consumidores passarem por uma transformação na forma como os produtos são produzidos e escolhidos para compra.

Os materiais de uso único estão caindo em desuso, conforme indicado pela demanda global por materiais reciclados, que cresceu 17% entre 2012 e 2016 apenas para plásticos.

A economia circular pode contribuir para que as empresas evoluam em suas jornadas ESG. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria The Boston Consulting Group (BCG), negócios que trabalham em prol do meio ambiente e praticam uma gestão sustentável têm margens de valorização mais altas do que aqueles que não investem em sustentabilidade. De acordo com a BCG, empresas com iniciativas sustentáveis alcançam uma valuation de 3% a 19% maior do que as demais. A pesquisa também mostra que o crescimento do investimento socialmente responsável está acelerando, representando mais de 36% dos ativos globais sob gestão, e devem totalizar US$ 53 trilhões até 2025.

A economia circular no Brasil

Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2019, 76,4% das indústrias brasileiras já adotavam práticas de circularidade, ainda que 70% dos participantes desconhecessem o termo. O levantamento mostra que 38% dos entrevistados verificam se os produtos foram produzidos de forma ambientalmente correta e que também têm mais consciência sobre o destino do lixo. De acordo com 72,4% dos empresários entrevistados, a economia circular funciona também como uma estratégia de fidelização de clientes.

As empresas, em sua maioria, avaliam a economia circular como importante ou muito importante para a indústria e veem a implementação como uma forma de gerar empregos na cadeia produtiva do setor ou na própria empresa.

O estudo revela que a indústria brasileira atua da seguinte maneira (em relação à economia circular):

:: Otimização de processos: 56,5%

:: Insumos circulares: 37,1%

:: Recuperação de recursos: 24,1%

:: Extensão da vida do produto: 22,9%

:: Produto como serviço: 20%

:: Virtualização: 16,5%

:: Compartilhamento: 15,9%

:: Não desenvolvem atividades de economia circular: 17,1%

O que a tecnologia tem a ver com isso?

Redes móveis de alta velocidade, Internet das coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), robótica, computação cognitiva e nuvem são as grandes propulsoras da economia circular. Essas tecnologias começam a ser propostas como ferramentas capazes de otimizar a logística reversa, a reutilização de materiais e a reciclagem, viabilizando, portanto, a implementação prática da economia circular.

Por exemplo: novos sensores e a Internet das Coisas podem estender a vida útil dos produtos, por meio de manutenção remota, atualizações de dispositivos e outras soluções; os sistemas de visão e a robótica, por exemplo, permitem a separação inteligente de resíduos plásticos. E o Blockchain pode ajudar as empresas de embalagens plásticas a incorporar a rastreabilidade de produtos. Além disso, as novas tecnologias também podem ser usadas para desenvolver soluções disruptivas, como a produção de bioprodutos a partir de resíduos orgânicos.

Tudo isso pode ser considerado vantajoso para os negócios que querem conquistar fatias maiores de mercado de agora em diante. A economia circular nos sinaliza, também, para novas oportunidades de negócios. As empresas devem ficar atentas para a atuação em novas frentes, como a produção de bioprodutos e a reciclagem de resíduos.

Ou seja, a virtualização, a desmaterialização e a maior transparência no uso do produto e no fluxo de materiais criaram formas de as empresas operarem e participarem da economia.

Vantagens

Há muitos benefícios nos modelos operacionais circulares, com destaque para a redução do desperdício e a redução de custos, uma vez que as empresas podem economizar ao reutilizar materiais e reduzir a dependência dos recursos naturais. Além disso, uma vantagem é o ganho de performance: é possível aumentar a eficiência de processos de produção e logística, resultando em melhoria na competitividade.

Concluindo…

As tecnologias digitais serão cada vez mais fundamentais para permitir a visibilidade e gestão de economias e operações circulares. Somente quando todas as organizações e pessoas se concentrarem na construção da circularidade é que nós (e o planeta) alcançaremos um futuro sustentável.

Neste sentido, as novas tecnologias são vistas como facilitadoras das economias circulares. Elas conectam, agregam e permitem a análise de dados em tempo real para apoiar no processo de produção e logística. Ou seja, ao combinar a era digital com os princípios da economia circular, uma nova transparência é alcançada e a inteligência pode ser usada em toda a cadeia de produção. Desde a concepção de produtos e serviços até a sua reutilização no mercado. Dessa forma, aliar os princípios da economia circular com recursos tecnológicos é o caminho mais eficaz para enfrentar os atuais desafios da sustentabilidade.

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